O blog de fotografia do
MEF-Movimento de Expressão Fotográfica
O movimento Artístico denominado “
Nova Objectividade” é fruto de uma necessidade de renovação estética e ética que se deu nos anos 20 nos dois lados do Atlântico.
Trata-se de uma corrente que renega o sentimentalismo e a subjectividade para questionar e catalogar cada detalhe do mundo com precisão. O Picturalismo tinha ficado para trás. Neste contexto, a câmara fotográfica apresenta-se como o meio ideal para levar a cabo essa função documental em que a fotografia se põe ao serviço da ciência.
A ordem e o equilíbrio fixam novas normas: a fidelidade do fotógrafo com a realidade e a busca do perfeccionismo técnico.
A fotografia torna-se especialmente documental e científica. A Natureza, o quotidiano, o detalhe, … adquirem uma nova dimensão como temas fotográficos. A imagem tem que ser clara, nítida, técnicamente perfeita, o que suscita um especial interesse nos aspectos técnicos e nas leis da óptica.
O que conta é a capacidade do fotógrafo de seleccionar e enquadrar a realidade: o olhar do artista é que é importante.
Na Europa foram os Alemães que lideraram este movimento, ao ponto que se fala dele como “
a nova objectividade alemã”.
Entre os Artistas que mais se destacaram há que mencionar:
Albert Renger-Patzsch,
Karl Blossfeldt,
August Sanders,
Josef Sudek,
Doisneau e
Emmanuel Sougez.
Nos Estados Unidos existiu o
grupo F/ 64, nome que provém deste diafragma que permite a máxima claridade e definição. Trabalharam especialmente as séries industriais, de natureza e sociedade.
Entre os fotógrafos norte americanos mais representativos deste movimento podemos citar o
Edward Weston,
Ansel Adams,
Imogen Cunningham, ... Muitos destes fotógrafos provêem ou são herdeiros do grupo
Photo-Secession fundado por
Stieglitz.
Adaptação e elaboração de
Luís Rocha